Serie Santana Cap. 83

Ele tocou a minha mão e a segurou firme, eu estava com os olhos fechados e quando senti o seu toque, os abri e vi o Luan me olhando com um sorriso nos lábios, estava com a vista um pouco embaçada pela claridade das luzes, eu estava confusa e sem acreditar que era mesmo o Luan que estava ali na minha frente.

-Luan... é vc mesmo? Onde eu estou? Eu me lembro do fogo...eu ... O que aconteceu?

Quando a lembrança do galpão pegando fogo veio a minha mente, eu fiquei um pouco nervosa e as lágrimas escorriam pelo rosto instantaneamente.

-Calma meu amor, ta tudo bem agora. Vc ta no hospital, logo a gente vai pra casa, graças a Deus eu consegui te tirar a tempo daquele galpão.

-Então foi vc que me salvou? Eu tava com muito medo de morrer junto com o nosso filho Luan, a Jessica estava louca...

-Não pensa mais nisso ta? A Jessica já foi presa e tudo vai ficar bem meu amor, vc é forte, vc e o nosso filhão, rapidinho a gente ta indo pra casa, vc vai ver.

O Luan me deu um abraço forte, tanto eu quanto ele estava-mos emocionados, a enfermeira se aproximou e pediu que o Luan saísse, pois o médico havia recomendado que ele ficasse somente alguns minutos.

Ele então acatou ao pedido da enfermeira e saiu do quarto.

Depois de saber noticiais minhas, todos resolveram atender o conselho do doutor e foram pra casa, já que no C.T.I. Não era aceito a presença de visitas.

Naquela noite, não sei se foi pela visita do Luan ou os medicamentos que começaram a fazer efeito que me fez ter uma melhora considerável, no dia seguinte já fui transferida pra outro quarto, onde ficaria sem aquele tudo de oxigênio e podia receber visitas.

Bem cedinho o Luan, junto do meu pai, chegou ao hospital cheio de felicidade em saber da minha melhora.

Eu estava acabando de tomar café da manhã, quando ouvi algumas batidas na porta, a enfermeira foi abrir e eles entraram todos animados pra falar comigo.

-Bom dia meu amor, não tava me aguentando de ansiedade de vir te ver, vc ta bem?

-Luan, pai... Que bom que vocês chegaram, eu to me sentindo muito bem, já quero ir pra casa.

-Calma filha, temos que esperar a alta do médico ainda, eu também quero que vc vá pra casa, mas temos que ter certeza que vc ta 100 %, né Luan?

-Com certeza rapaz, to muito feliz de ver que vc ta bem meu amor, o médico já veio te ver hoje?

-Ainda não amor... Ain Lu, hoje era pra a gente ta casando... e ao em vez disso, eu to aqui, presa nesse hospital.

-O importante é a sua saúde meu amor, eu do graças a Deus que vc ta aqui viva, eu senti tanto medo de te perder...

-Não vamos mais pensar nisso gente, a responsável já ta pagando por isso, bora pensar em coisas boas de agora em diante... (falou o meu pai)

O nosso casamento foi adiado pra uma semana depois, assim teria tempo suficiente pra eu me recuperar completamente e deixar tudo organizado, eu passei aquele dia no hospital, e no dia seguinte recebi alta.

Naquela semana, o Luan remarcou todos os compromissos que tinha pra ficar comigo, estivemos algumas vezes na delegacia prestando depoimento dos fatos ocorridos no galpão, o Paulão continuava foragido e por enquanto a Jessica era a única que estava recebendo as conseqüências de seus atos.

A semana passou voando e quando percebemos o dia do casamento tinha chegado, estava tudo pronto, o Buffet, a igreja, os meus convidados tinham voltado a Londrina, estava tudo caminhando como tínhamos planejado primeiramente e finalmente o grande dia tinha chegado, o dia que com certeza ficaria guardado pra sempre na minha memória como o dia mais feliz da minha vida.

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