Serie Santana Cap. 82

-Alguém me ajuda aqui... Eu preciso de um médico urgente, ela exalou muita fumaça, alguém ajuda, por favor...

Ele foi entrando no hospital sem se preocupar com regras e com nada, as pessoas que estavam ali, ficaram surpresas quando viram que se tratava do Luan Santana, a sua aflição era tanta que ao em vez de receber o assedio das pessoas, como era de costume acontecer em qualquer lugar que ele fosse, as pessoas se solidarizaram com sua agonia e todos queriam saber o que tinha acontecido comigo, o que acabou formando um pequeno tumulto em sua volta.

Logo alguns enfermeiros apareceram e eu fui encaminhada ao centro de emergência do hospital, o Luan foi levado pra uma sala mais reservada, pra que diminuísse a agitação da recepção do hospital, que logo se encheu de repórteres atrás de noticiais e fotos.

Algum tempo depois os pais do Luan e o meu pai chegaram ao hospital, enquanto a Bruna, Carol e o Junior aguardavam por notícias ansiosos em casa. Logo que chegaram, foram encaminhados a mesma sala que o Luan se encontrava e assim que viu a mãe, o Luan correu pra abraçá-la inconsolável.

-Ela ia morrer queimada mãe, queimada! A Jessica queria matar a Julia e o meu filho... e agora eu não sei como ela ta, eu não quero perder a Julia mãe.

-Calma meu filho, ela vai ficar bem, confia em Deus, vc conseguiu tira-la a tempo, logo ela vai ta aqui com a gente, vc vai ver.

Os nossos pais se juntaram ao abraço, estavam todos unidos, emocionados e orando pela minha saúde.

Enquanto isso, a Jessica depois de receber os cuidados médicos, foi levada a delegacia, onde aguardaria pela decisão judicial de qual seria o seu destino.

Depois de um bom tempo de espera, o médico finalmente adentrou a sala onde o Luan estava com nossos pais e deu os primeiros relatos sobre o meu estado de saúde.

-Que bom que o senhor chegou Doutor, como ela ta? e o bebe? Ela já acordou? Não é nada grave né?

-Calma rapaz, eu vou responder todas as suas perguntas, sentasse, por favor.

Todos sentaram, e escutavam atentos tudo que o médico tinha pra dizer.

-Olha, ela chegou aqui com algumas queimaduras de 1º e 2º grau, esse tipo de queimadura se caracteriza em um estagio leve, em pouco tempo ela não sentira mais dor alguma e não terá cicatrizes, agora quanto ao volume de fumaça exalada, foi muito alto, ocasionando uma deficiência respiratória causada por uma inflamação nas vias áreas.

-E isso é grave? (falou o meu pai)

-O caso dela é um pouco delicado, mas nós estamos fazendo de tudo para que ela tenha uma boa recuperação.

-E quanto ao bebe? (perguntou a dona Marizete)

-O bebe graças a Deus não foi muito afetado e se tudo ocorrer bem, a Julia logo estará recuperada.

Depois de responder todas as perguntas o médico disse que precisava ir atender outros pacientes, aconselhou que fossem pra casa, pois ali eles não poderiam fazer nada por mim, eu tinha sido encaminhada ao C.T.I e as visitas por enquanto, estavam proibidas.

No entanto o Luan não se contentou com o que o médico falou e insistiu pra que ele o deixasse me ver, nem que fosse por um minuto. Ele então, disse que abriria uma exceção já que ele insistia muito, mas que ele não poderia demorar muito.

O Luan então colocou as vestimentas necessárias e entrou acompanhado de uma enfermeira. Ele caminhou devagar até ao lado da minha cama, eu estava com um tubo de Oxigênio que tapava minha boca e nariz, tinha curativos pelo meu corpo, nos locais onde havia sofrido as queimaduras, ao ver aquela cena o Luan se desmontou em lagrimas, eu parecia tão frágil, tão vulnerável.

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