Serie Santana Cap. 61

-Alô. – Falou o Luciano.

-Luciano? – perguntou o Luan com uma expressão de surpresa na voz.

-Sim, quem ta falando?

O Luan ficou mudo do outro lado da linha tamanha foi a revolta que ia lhe consumindo no momento. Ele desligou o celular sem responder a nada, passou a mão nos cabelos e deu um chute na parede de madeira da casa da árvore, que naquele instante, estava toda decorada pra uma noite de amor, noite essa que tinha ido por água a baixo.

Ele olhou a tudo que tinha preparado com tanto carinho e sentiu raiva dele mesmo, raiva por ter se deixado enganar daquela forma.  Mil coisas atormentavam a sua mente, ele estava de verdade se sentindo traído, “outra vez com o Luciano, eu sou muito idiota cara, essa é a ultima vez que ela me faz de palhaço”, ele resmungava enquanto pegava as suas coisas e saia daquele lugar.

Ele dirigia rápido, tinha pressa de chegar em casa, de sair daquele lugar, de ficar sozinho no seu quarto, pra poder dormir e tentar apagar aquela noite da sua memória.

Eu também tinha pressa, assim como ele, eu pisei no acelerador, a casa do Luciano não ficava muito distante da pracinha onde existia a casa da árvore e em poucos minutos eu já havia chegado.

Meus olhos se encheram de lágrimas assim que pisei meus pés naquela casinha feita de madeira. Havia várias velas acesas dentro de suportes de vidros pelo chão, um colchonete coberto de lençóis de cetim brancos e almofadas vermelhas, pétalas de rosas jogadas pelo o que seria o nosso ninho de amor, no canto da “cama” um pote de gelos já derretidos com uma garrafa de champagne dentro, tudo minimamente perfeito, eu estava maravilhada, realmente ele estava disposto a cumprir a promessa de me fazer ter a noite mais especial da minha vida, mas agora ele não estava mais lá, por que ele não me esperou? Por que as coisas tinham que ser dessa forma? Eu me perguntava enquanto as lágrimas desciam lentamente pela minha face.

Procurei meu celular na bolsa, mas não o encontrava em parte alguma. “Droga, eu não acredito que eu deixei meu celular na casa do Luciano” eu resmungava. “Deus, faça com o Luan não tenha me ligado, ou realmente eu estou encrencada” eu suplicava em silêncio.

Apaguei as velas e sai de lá, não me restava mais nada a fazer no momento, a não ser voltar pra casa e tentar ligar pro Luan do celular da minha mãe, eu não estava com a menor vontade de voltar à casa do Luciano naquela noite.

Assim que parei o carro no portão da minha casa, esperando-o abrir, fui surpreendida pela dona Laila que graças aos céus, estava lá pra me entregar o celular que eu havia esquecido.

A primeira coisa que fiz assim que pus meus pés em meu quarto, foi ligar para o Luan, mas não obtive resposta, parecia que ele não estava muito afim de atender minhas chamadas. Resolvi então deixar uma mensagem gravada na caixa de texto: Meu amor, por favor, me atende, eu preciso muito falar com você, me deixa explicar o que aconteceu? Não me deixa nessa agonia, por favor, eu te amo tanto...

Ao final da gravação minha voz já estava embargada pelos soluços do meu choro, eu me agarrei ao celular e cai sobre a cama, em poucos minutos eu já havia apagado, do jeito que estava, sem ao menos tirar a roupa.

No dia seguinte, acordei com o toque do meu celular, “Luan” sussurrei com entusiasmo, mas logo meu entusiasmo passou, não era ele e sim a Dagmar.

-Oi Dag, tudo bem?

-Bom dia Mariana, desculpa ta te ligando essa hora, é só pra te informar que eu mandei sua passagem pro seu email, como o show é perto, você pode ir de Maringá mesmo.

-Mas e o resto do Pessoal? Não vai todo mundo junto?

- O pessoal também vão seguir o mesmo esquema, te espero lá, ta bom, beijo.

-Espera Dag...e o Luan? Você falou com ele? Ele não vai no bicuço?

-Vai sim linda, mas foi ele que me pediu pra comprar sua passagem, eu só cumpri ordens, depois vocês conversam, eu não quero me meter.

-Tudo bem Dag, obrigada então, beijo.

O que acharam do Capítulo amores? Espero que estejam gostando da história. Por favor não deixem de votar na enquete ao lado, lembrando (1º edição - julia) (2º edição - Luiza) (3 edição - Melissa);

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