Serie Santana Cap. 36

Respirei fundo e fiquei o olhando profundamente nos olhos do mesmo modo que ele me olhava, meu coração, como todas as vezes que eu sentia o Luan perto de mim, batia acelerado e minha respiração tinha momentos que era como se falhasse, por um lado eu queria muito acreditar nas palavras daquele menino de cabelo arrepiado, sorriso encantador e de um olhar tão fascinante quanto o brilho da lua em um céu estrelado, mas por outro lado eu sentia medo, medo de que tudo aquilo que eu tivesse vivendo não passasse de uma ilusão.

-Luan... Eu não quero sofrer... Olha, se vc achar que pode vir a ter alguma coisa com ela, fala logo, por favor... eu vou sofrer agora, mas vai ser melhor.

-Larga mão de falar essas besteiras muié, eu já disse que te amo e só quero vc, acredita em mim, eu te amo...

Ele me olhava e acariciava o meu rosto delicadamente, puxava meu lábio inferior pra si e soltava lentamente enquanto me lançava aquele olhar que era capaz de seduzir a qualquer uma, aos poucos eu fui abrindo a guarda e acabamos nos beijando intensamente, um beijo quente e cheio de vontade.

-Eu te amo muito Luan, muito... (palavras que eu dizia nos intervalos dos muitos beijos que trocamos)

À medida que nos beijávamos o sol ia se pondo e em pouco tempo tudo ficou escuro, tendo como a única fonte de luz a lua que brilhava majestosa naquele céu repleto de estrelas, o Luan apertava a minha nuca e passava de leve a ponta de sua língua pelo meu pescoço me deixando totalmente arrepiada e sem que eu ao menos me desse conta, foi puxando o laço que prendia a parte de cima do meu biquíni.

-Luan... O que vc ta fazendo? Pode chegar alguém.

-Não vai chegar ninguém amor, eu quero vc e tem que ser agora, do jeito que eu to aqui não da pra sair mais não viu, rs.

-Vc não tem jeito né, rs. Tenta se controlar, vamos voltar pra pousada? La a gente pode ficar mais a vontade.

-De jeito nenhum rapaz, foi vc que veio pra cá e a gente já ta a vontade até demais aqui, haha. E tem mais uma coisa, eu acho que vc ta falando muito viu, vem aqui e relaxa.

Ele me puxou pra bem perto do seu corpo e começou a me beijar cheio de desejo e a me tocar de um jeito que foi praticamente impossível resistir e me entreguei inteiramente aos braços dele retribuindo as caricias com a mesma intensidade que ele mantinha por mim.

Nos amamos demoradamente encostados ali mesmo naquela pedra que outra hora havia impedido a minha passagem e de fato, como ele tinha falado, não apareceu ninguém que nos atrapalhasse e o único som que ouvíamos durante o nosso amor foi o som da nossa respiração ofegante e dos gemidos que resultavam do tesão que sentíamos um pelo outro.

Depois de termos voltado pra pousada, tomamos um longo banho e o Luan pediu que o nosso jantar fosse servido no quarto, logo depois do jantar nós voltaríamos ao Rio, já que no dia seguinte o Luan teria que viajar bem cedo pra ir a Londrina aproveitar um dos raros domingos de folga que tinha com a sua família. Um pouco antes de sairmos o meu pai me ligou e enquanto eu conversava com ele o Luan foi fechando a conta na pousada.

-Prontinho amor, já ta tudo acertado, bora?

-Vamos sim Luan, acredita que o meu pai já tava perguntando se eu não queria voltar mais pra casa. Se vc tinha me raptado, exagerado viu, rs.

-Olha que essa até que é uma boa idéia rapaz, acho que não vou te devolver mais não, haha.

-Bobo, rs, vamos logo senão fica tarde.

Quando botamos os pés fora da pousada, uma imensidão de fãs estavam a espera do Luan, todas enlouquecidas, com câmeras, cartazes, a gente ficou sem entender nada, pois a pouco tempo não havia quase ninguém e de repente todas aquelas pessoas tinham aparecido do nada, o Luan não tinha levado nenhum segurança, ou seja, estava completamente despreparado pra encarar uma situação como aquela, pois apesar do carinho que elas sentem ,muitas perdem o domínio dos seus atos e podem até acabar machucando o Luan com arranhões, apertões, enfim, naquele momento tanto eu quanto ele ficamos assustados e sem saber o que fazer, voltamos rapidamente pra dento da pousada e tentamos pensar em um modo de sairmos de lá em segurança.

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