-Bom dia pai... (falei assim que
interrompi o beijo um pouco sem graça por conta do meu pai)
-Bom dia seu Roberto, tudo bem com o
senhor?
-Tudo ótimo Luan, veio buscar as meninas,
né?
-Vim sim... A minha já ta ansiosa pra
conhecer a Mel e o senhor não precisa se preocupar que eu vou cuidar bem delas
viu.
-Falando desse jeito até parece que somos
duas crianças né Luan...
-Vocês vão estar sobre a minha responsabilidade
rapaz, tenho que cuidar bem mesmo, to errado seu Roberto?
-Ta certo Luan, mas cuidado com essas
duas que elas são fogo, rs.
-Até vc pai?... É melhor eu ir chamar
a Dai logo viu, já que vocês se uniram rs.
Voltei ao andar de cima, chamei a Dai
e peguei minhas coisas no quarto enquanto o Luan ficou na sala conversando com
meu pai e pelo jeito que eles falavam, nem parecia que meu pai tinha me
colocado esse pequeno castigo de só poder sair com a Dai, no final das contas
eu estava achando que isso não tinha passado de uma desculpa do meu pai pra
ficar um pouquinho sozinho sem a gente.
-Prontinho... já podemos ir. (falei
descendo as escadas junto com a Dai)
-Até quem enfim rapaz, achei que ia
ter que subir pra buscar vocês viu.
-Vc ta engraçadinho hoje né Luan...
-Oi cunhado, to super ansiosa pra
chegar em Londrina, a gente vai no bicuço?
-Até o nome do jatinho vc sabe rapaz,
haha. É nele mesmo que a gente vai, a galera já ta esperando no aeroporto,
bora?
Nos despedimos do meu pai e seguimos
em direção ao aeroporto, a Dai estava que era pura empolgação, não parava de
fazer pergunta sobre a Bruna e sobre as primas do Luan, parecia uma perfeita
matraquinha.
Algumas horas depois, estávamos
finalmente desembarcando no aeroporto de Londrina, assim que pus meus pés em
solo firme, aquele frio na barriga voltou com gás total, faltavam poucos
minutos até eu conhecer a família do Luan, será que eles iriam gostar de mim? Será
que eu iria gostar deles? Será que eu saberia o que conversar com eles? Eram
muitas as duvidas que passavam pela minha mente naquele momento.
-Mel... Vai ficar parada ai muié? Vamos
pro carro.
-Oi... Desculpa amor, tava distraída,
vamos sim, cadê a Dai?
-Essa foi a primeira que entrou viu,
rs.
O Luan havia pedido pra levarem o
carro dele até o aeroporto, já que eram raras as oportunidades que ele tinha
para o dirigir. Durante o percurso até sua casa, fomos ouvindo o CD do Zezé di Camargo
e Luciano que eram os ídolos do Luan, cada musica que passava ele sempre tinha
uma critica positiva pra fazer, eu ficava o olhando e o admirando por isso,
pois apesar de ele mesmo ser um ídolo pra muita gente, ele não perdia as
origens e continuava reconhecendo e respeitando o trabalho daqueles que foram
de certa forma, uma base na sua vida musical.
Em questões de minutos chegamos ao
condomínio onde o Luan morava, que era maravilhoso, diga-se de passagem.
O Luan estacionou o carro, tirou
nossas malas do porta-malas e quando estávamos nos dirigindo à entrada da casa,
encontramos a dona Marizete que vinha toda sorridente ao nosso encontro.
-Meu amor, que saudade que a mãe tava
de vc, fez boa viagem?
-Fiz sim mãe, ótima viagem... Agora
deixa eu apresentar a garota mais encantadora que eu já conheci, a minha
namorada, Mel.
-Muito prazer Mel, Marizete. Seja bem
vinda... e essa outra garota, quem é?
-Muito prazer dona Marizete, sou a
Daiana, irmã da Mel, a senhora é muito mais linda pessoalmente viu.
Depois de um tempo que ficamos lá
fora, trocando algumas informações, digamos assim, entramos e o Luan nos
mostrou a sua casa, fiquei super encantada com o que vi, era tudo muito
confortável e de muito bom gosto, lá dentro conheci também o seu Amarildo, que
assim como a dona Marizete nos recebeu super bem, pouco tempo depois, a Bruna
que estava em seu quarto, desceu e fomos apresentadas, ela não diferente dos
pais, foi muito receptiva com a gente e naquele momento eu já podia arriscar
até que seríamos grandes amigas tirando o fato da desagradável companhia que eu
teria que aturar mais tarde por conta dela.