Serie Santana Cap. 28

-Assim você me deixa sem graça Luan.

-O que eu posso fazer se é verdade ué, você ta linda demais Mari.

Ao falar isso ele se aproximou no intuito de me beijar, mas eu afastei o rosto o fazendo beijar meu rosto, mudando o rumo ta conversa, eu queria aquele beijo, mas quis fazer um charminho, sabe como é, táticas femininas.

-Muito obrigada Luan, você também ta muito lindo, mas me diz, já sabe pra que restaurante vamos?

-Mas é claro, já liguei pra um parceiro meu, ta tudo acertado, espero que você goste.

-Tenho certeza que vou gostar, vamos?

Ele me olhava de um jeito tão estranho, como se quisesse entender o que se passava pela minha cabeça naquele momento, o porquê eu havia recusado o seu beijo.

Ele abriu a porta pra eu entrar, deu a volta no carro e entrou também, colocou um CD internacional super romântico pra gente ouvir durante o percurso e dentro de alguns minutos estávamos chegando ao restaurante que ele havia escolhido que por sinal, tava mais que aprovado, ele escolheu o “Baco” que era um dos restaurantes mais agradáveis de Maringá. Quando entrei, tive uma surpresa linda, o restaurante estava vazio, só havia os funcionários, ao lado do piano, o qual possuía um musico vestido elegantemente, estava a nossa mesa iluminada por velas.

-Gostou linda? Essa noite somos apenas eu e você.

-Nossa Luan, não acredito que você fez isso, você é maluco, vai sair muito caro...

-Não se preocupa com isso agora, nada paga o prazer que é poder ficar ao seu lado, olhar esse sorriso lindo estampado no seu rosto, esse brilho nos seus olhos...

Eu estava encantada não só aquele gesto tão romântico, mas com aquelas palavras lindas saídas da boca dele, eu ficava me perguntando como ele conseguia ser tão lindo e tão fofo ao mesmo tempo, como eu poderia resistir, como não me apaixonar por ele?

Sentamos a mesa e logo o Luan fez o pedido, côngrio rosa de camarões acompanhado de risoto e um vinho tinto italiano, tudo muito delicioso, enquanto saboreávamos o nosso jantar a luz de velas, ouvia- mos o melhor da bossa nova sendo tocado ao piano.

-Eu nunca tive uma noite assim Luan, você é mesmo surpreendente, ta tudo muito lindo, eu nem tenho palavras.

-Uma pessoal tão especial como você merece uma noite mais especial ainda, eu vou fazer tudo que tiver ao meu alcance pra que todos os momentos da sua vida sejam especiais.

Ficamos conversando naquele clima agradável durante algum tempo até terminarmos o nosso jantar, ao sairmos do restaurante o Luan seguiu caminho por uma estradinha estreita que dava para um parque, era um local cheio de verde, com um lago, alguns bancos, apesar de ser um lugar super bonito, eu poucas vezes me lembro de ter ido lá.

-Era aqui que eu gostava vir com os amigos da escola, esse lugar me traz boas lembranças viu e continua igualzinho cara, vem, eu quero te mostrar uma coisa. - falou me puxando pela mão.

Ele olhava a tudo com um brilho nos olhos que me contagiava, era como se ele por um momento pudesse voltar no tempo e ser novamente apenas o Luan Rafael, o menino anônimo, que sonhava em ter sua carreira reconhecida e viver do que mais gostava, cantar.

-Calma Luan, mais devagar que eu to de salto, que coisa é essa que você quer me mostrar aqui?

-Quando chegar lá você vai ver ué, nem sei se tá lá ainda, mas talvez esteja, vem.


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